Queijaria Vale do Guadiana
“Coisas boas, com sabor a saudade”
Pelos caminhos deste imenso Vale do Guadiana, as rodas que nos levam, aos nossos frescos, tiveram por estes dias, como destino a Queijaria Vale do Guadiana.
Rumámos à Corte da Velha e ao longe, a alguns km, não muitos, antes da chegada, já podíamos ouvir o barulho tão familiar do “cante do gado”. Não tinha que enganar, era mesmo ali.
Manuel Matos, ou Nelinho como é carinhosamente conhecido, já nos esperava. Ainda a entrevista propriamente dita não tinha começado, já sabíamos que esta iria ser mais uma história com “sabor” a esta tradição tão nossa e que nos torna genuínos e únicos, em matéria do que realmente sabemos fazer e bem.
De um antigo edifício que albergava uma casa agrícola, ergueu-se aquilo que hoje os nossos olhos vêem, e que ao paladar dá gosto e não engana, chamado “Queijaria Vale do Guadiana”.
Manuel Matos nasceu em Évora, mas muito cedo rumou a terras do Concelho de Mértola, onde foi criado. Na Agricultura sempre viu um potencial futuro e não se enganou.
Tem 3 filhos e em todos eles o gosto por esta arte também está nos seus genes, nesta herança adquirida e que perdura ao longo de gerações.
Para além de gerir os destinos da queijaria, dedica-se igualmente à vertente agrícola, mas também à imobiliária. Como diz “são duas formas de rendimento que e em tempos “mais incertos e difíceis” servem de “almofada ou salvaguarda” financeira”.
“Hoje em dia as coisas são muito diferentes” afirma Manuel Matos. “Ainda me lembro dos tempos antigos em que a minha avó levava horas e horas para fazer um único queijo”.
Naquela altura o rebanho servia apenas para produção e consumo de carne, tendo sido posteriormente reconvertido para rebanho de leite que, atendendo ao excesso produzido, levou a que recorressem aos apoios Comunitários, tendo assim nascido no início do ano 2000, a Queijaria Vale do Guadiana.
E nasceu no sitio certo, numa zona que se distingue de todas as outras, isto porque o Concelho de Mértola possuí características únicas, por um lado terras “pobres” mas ao mesmo tempo muito “ricas” em microclimas, na área do Vale do Guadiana. Tudo isto aliado à qualidade das pastagens que alimenta o gado e que se traduz num leite mais rico em gordura e proteína, que dá este sabor tão autêntico e textura tradicional ao produto final que chega à mesa do consumidor.
“Um consumidor cada vez mais exigente”, diz Manuel Matos, o que “obriga” a um aumento da excelência dos produtos produzidos, já de si reconhecida. E é por isso que dos 5 funcionários atualmente a trabalhar na Queijaria, aos quais se juntam mais 12, que indiretamente trabalham na distribuição, a formação é também ela, elevada e constante.
Os ingredientes principais que caracterizam os produtos podem parecer “simples”, mas desenganem-se. Para além do leite e do sal, o cardo é outro dos ingredientes chave e como tal exige especial atenção, isto porque, para se conseguir manter a sua verdadeira essência, deve ser preservado nas melhores condições.
Em 2010 e depois de 5 anos a trabalhar com as grandes superfícies comerciais, a Queijaria Vale do Guadiana abandona este nicho de mercado e opta por um mais direto e próprio, onde se destaca a venda porta a porta ou através do comércio mais “pequeno” e tradicional, conseguindo assim manter a produção artesanal que faz questão em manter e confere o sabor tão particular deste produto.
Manuel Matos confidencia ainda: “Antigamente produziam-se queijos de 1 kg , as famílias passavam mais tempo juntas e em maior número, hoje em dia apenas se produzem de 100 e 300 gramas. O consumidor prefere “saborear o momento” e em menos quantidade não há desperdício” acrescenta.
A produção era até há uns tempos atrás, digamos que “exclusiva”, para o queijo de ovelha, mas, devido às exigências dos clientes começaram a produzir o de cabra, um queijo mais adaptado em termos de saúde, mas também aos hábitos alimentares.
Assim e para compensar as quebras de venda do queijo de ovelha, a Queijaria Vale do Guadiana, optou igualmente pela produção das tão apreciadas manteigas que deixam água na boca e cujo segredo está na forma como aqui são produzidas. De forma artesanal e não industrial.
Relativamente ao futuro, Manuel Matos afirmou que está atualmente em fase de desenvolvimento (e como forma de acompanhar a competitividade do crescente mercado virtual ou On-line), a criação de um sítio na Internet, onde o consumidor vai poder conhecer não só a queijaria, mas igualmente o que de melhor é feito para que um produto desta categoria esteja sempre perto do consumidor, mesmo à distância de um “click”.
Visite a página do Facebook da Queijaria Vale do Guadiana.
Cápsulas de Geleia Real, Propólis, Gengibre e Vitamina C.
Sopa de Favas 630g
Beldroegas Sopa 660g
Gaspacho de Mértola 650g
Alperce 345g
Beldroegas Sopa 300g
Cascas de Laranjas 345g
Cebola Caramelizada 270g
Gaspacho de Mértola 290g
Queijo de Ovelha - Pedaços 